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sábado, 10 de julho de 2010

Descobri porque o amor é cego



Eu estou lendo o livro Pílulas de Neurociência da Suzana Herculano Houzel e finalmente, entendi a sensação de cegueira e burrice que toma conta de mim quando me apaixono.


Ela explica em linguagem cientifica, que o nosso cérebro guarda informações prazerosas e depois sempre quer repeti-las, queira você ou não. É uma espécie de vício, isso mesmo, nós ficamos viciadas nas emoções boas que o ser amado nos proporcionou.


Ler isso foi muito libertador para mim, pois sempre me achei muito passional.Agora sei que todas as vezes que liguei para o celular, para somente ouvir a voz do meu amor no correio de voz, não era burrice não, era o meu querido (ou nem tanto) cérebro, querendo ouvir mais uma vez aquela voz inebriante, que um dia me disse coisas lindas ao pé do ouvido. Agora entendo porque, apesar de saber que sofreria depois, lí mil vezes os e mails e cartas que recebi daquele amor que sequer lembrava mais da minha existência e ouvia a nossa musica até ficar desidratada de tanto chorar. Tudo culpa do sistema de recompensa do meu cérebro, que queria reviver aquela emoção q senti ao ler tudo aquilo pela primeira vez e lembrar as várias vezes que nos beijamos apaixonadamente ao som daquela musica tão especial.


Sem falar das tentativas de voltar a namorar uma pessoa, q já lhe magoou várias vezes e apesar de todas as pessoas lhe dizerem q não vai dar certo, lá vamos nós tentar novamente contra todos os prognósticos.


Teve uma vez que me enchi de coragem e ritualisticamente (adoro rituais) juntei tudo q tinha de um amor ainda vivo em mim, mas cremado para ele. Peguei tudo (ou quase tudo) que tinha significado: faixa escrito¨eu te amo¨, e mails, bilhetes, cartas, poesias, flores desidratadas, papel de bombom, etc. Aí falei para ¨as forças do universo¨ que a partir de agora eu o esqueceria. Acendi um incenso (para dar um clima) e calmamente (ou nem tanto) fiz uma fogueira e fui queimando tudo. No final estava chorando, não sei se, de tristeza pelo amor ter acabado ou por ter destruído tudo que me lembrava dele. Agora eu sei que se pudesse, o meu cérebro teria me queimado também, pela tentativa de desativar o tal sistema de recompensa e o pior, bastou nos encontrarmos casualmente, que bummmm....todas as boas lembranças voltaram.


Pois é, o amor vicia e nos deixa cegas, mas se não passarmos por isso, do que vamos rir quando formos velhas, afinal, os micos que vivemos por amor são os mais engraçados.


A duras penas e depois de muito choro, rezas e incensos descobri o que a neurocientista aconselha, ela diz que a melhor maneira de esquecer um amor é abstinência total, não fale com ele, não encontre, não vá onde ele vai, enfim, pense nele como se ele fosse uma pinga barata e você uma alcoólatra, evite o primeiro gole.


...E depois de algum tempo, saia do buraco, conheça alguém interessante, apaixone-se e comece tudo de novo...quem sabe desta vez é para sempre....

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